Arpoador

Arpoador

domingo, 19 de setembro de 2010

Acordou, o relógio marcava 14h e 16 minutos, levantou e molhou o rosto, leu as anotações que havia feito durante a madrugada e vira que não ficara nada bom; percebeu que precisava sair - tomar um pouco de ar, para que as idéias pudessem novamente surgir; tomou banho, comeu a comida fria da geladeira e se atirou nas ruas procurando a inspiração que lhe havia fugido, como uma ex-namorada que não pensa mais em olhá-lo; Parou numa praça, depois em um boteco para escrever e não conseguindo foi ao cinema – Quem sabe uma sessão de arte não me fará bem! – Pensou consigo mesmo; ao sentar-se numa poltrona e vê a sua frente à tela branca do cinema, com luzes amarelas incidindo sobre aquele enorme plano vertical, teve a sensação das luzes do cinema lhe aquecer e acelerar o monótono batimento do seu peito, quando viu passar na tela de cinema eventos os quais ele havia passado, lembranças que não foram apagadas, que fazem de sua vida agitada e cheia de histórias pra contar...
E num conto contínuo onde um cara mergulha num eterno vazio profundo ele se concentrou...


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