Arpoador

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domingo, 31 de outubro de 2010

Olhos de Luneta

Ah se eu tivesse olhos de luneta
Enxergaria muito mais longe
Enxergaria dentro de ti
Eu veria o que tu vês
E te daria o que tu querias, sempre

Ah se eu tivesse olhos de luneta
Enxergaria a sua mente
E entraria dentro dela
Como uma espaçonave que desbrava galáxias
Eu te provaria por completa

Ah se eu tivesse olhos de luneta
Enxergaria o seu coração
Cantaria para ele uma canção
Que lhe dissesse tudo
Tudo o que está no meu coração

Ah se eu tivesse olhos de luneta
Enxergar-te-ia de longe
Seguir-te-ia de perto
Estaria sempre por perto
E talvez tu não gostasses

Ah se eu tivesse olhos de luneta
Realizaria todos os seus desejos
Entenderia sempre os seus anseios
Acertaria sempre os seus pensamentos
E talvez tu não gostasses


Ah se eu tivesse olhos de luneta
Tu não escaparias da óptica do meu coração
O meu desejo seria a sua realização
A minha não, apenas o seu sorriso.
Mas se tu não sorrisses?

Ah se eu tivesse olhos de luneta
Nada em nossa história seria tão real
Nada em nossa história seria tão completa
O passo a passo de cada dia vivido juntos
Conhecendo-te a cada dia, cada vez mais

Ah se eu tivesse olhos de luneta
Eu nunca tive esse poder
Sempre quis entender o que tu querias
E assim me arriscava
No compasso que nos levava

Ah se eu tivesse olhos de luneta
Tudo seria perdido
Não haveria a espontaneidade da surpresa e do risco;
Fazer as coisas por amor
É te vê como tu realmente és
Sem pensar apenas em agradar...

sábado, 9 de outubro de 2010

Liberté de faire ce que je veux

Eu vou dançar
No espaço sideral
E vou andar
Sob as nuvens de algodão doce
Pois eu sou livre
Até mesmo para voar
E declamar
E vou andar
Com meus pensamentos soltos
E vou voar
Com a mente em branco
Sem nada a me preocupar
Pois eu sou livre
Até mesmo para amar
E confessar
E vou amar
Como a quem ama o mundo
E tudo ao seu redor
E vou falar
Tudo aos pássaros
E aos astros
Tudo que eu penso
E o que sinto
Pois eu sou livre
Até pra ir morrendo
Junto com as palavras
Desses versos
Que vão
Pouco a pouco
Desaparecendo
.
.
.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Doce Sofrer

Olho o céu azul
Vejo o mar
Observo as estrelas
Enxergo cometas
Vejo você
Quero voar
Quero viajar
Fazer passeata
Protestar por tudo
Pisar a areia da praia
E deslumbrar a lua estendida no céu;

Quero cantar a musica que fiz
Pois te escrevo inteira
Em pé, molhada, deitada
Com sua cabeça em seu travesseiro
Quero imortalizar o que sinto agora
Ao me lembrar dos seus cachos
Dos teus gestos e do teu beijo;

Fiz arruaça, folk, rock e baião
Estou na pisada
E não quero parar de sofrer não
Quando eu menos esperar
Tudo terá passado
E tenho medo
De esquecer
As lembranças
Que eu tenho guardado
E por isso
Em meu cotidiano
Enxergo as minhas lembranças
Suspensas no espaço

Músicas
Cores
Sonhos
Discos
Praias
Tudo me faz lembrar
Olhos
Mentes
Risos
Beatles
Paul e seu “Band on the run”
São coisas que lembram coisas
Museu
Barzinho
Uma visão
Uma rosa
Amor
Carinho
Paixão
Tudo me faz lembrar
História
Teatro
Cinema
Um belo Pôr-do-sol
Qualquer lugar é lugar
São coisas que lembram coisas
Canção que fiz
Cachoeira que te vi
Um Belo Jardim
Livros
Estradas
Pêlo
Cabelo
Tarantino
Pessoas que conheci
Tudo me faz lembrar
Medo
Miragem
Viagem
Paisagem
Boa viagem
Tudo ao meu redor
- Em meu pensamento nostálgico -