Arpoador

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domingo, 13 de março de 2011

GOTA D’ÁGUA PINGANDO


Contei gotas d’água à noite inteira
Esperando que logo ela parasse
Que o pingo parasse de fazer a mesma zuada o tempo todo
Pois ouvido não é pinico para ta ouvindo coisa chata
Já basta seu Zé me mandando fazer isso ou aquilo;
Tô de saco cheio com a peitica da muiher,
Que inventou uma tal de greve
Para me deixar mais aperreado, 
Estressado e neuvosodo que nunca
Onde é que eu vou para se esse estrago todo continuar?
Não há cabra macho que agüente o que eu estou passando
Nem o pão que o diabo amassou é pior do que viver
No limite, do limite,
Do fiado na venda da vizinha ao lado
Para ter o que comer,
E a muiher não reconhece o esforço do camarada aqui
Eu me sinto descontente que só a gota
E só quero saber quando essa gota d’água vai parar
Quando tudo isso vai passar?
Quando minha vida vai melhorar?
Quando minha mulher vai voltar a me amar?
Quando meus filhos vão enfim crescer?
E ajudar quem tanto lhes quer bem.

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